terça-feira, 30 de setembro de 2014
O Património histórico do Kuanza Norte
Acervo histórico é muito rico mas corre risco de desaparecer
por Manuel Fontoura, Ndalatando
A degradação património histórtico da província do Kwanza-Norte visível um pouco por todos os municípios, levou a direcção local da Cultura a uma reflexão sobre a situação, em saudação ao dia 18, dedicado mundialmente aos monumentos e sítios.
Até finais dos anos 90, Angola tinha 23 monumentos reconhecidos pelo Comité Internacional dos Monumentos e Sítios (Icomos), oito localizados no município de Cambambe (Kwanza-Norte).
Os mais conhecidos são a fortaleza de Massangano casario de Cambambe, igreja de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Vitória, ambas do século XVI. Ainda dessa época, destaque para as ruínas do Tribunal de Massangano.
No século XVIII há a Real Fábrica de Ferro de Nova Oeiras, onde se
fabricaram os primeiros canhões para a tropa portuguesa, o Cruzeiro e o
palacete “Casa dos Bentes”.
Este património está em ruínas.
Este património está em ruínas.
Em Massangano, 40 quilómetros a Noroeste do Dondo, para prevenir tragédias
foi proibido o culto na igreja de Nossa Senhora da Vitória.
Os palacetes “Leão” e “Casa dos Bentes”, na sede do município e a capela da
Nossa Senhora do Rosário têm as paredes arruinadas e estão sem tectos. Há
monumentos que sofreram alterações com a aplicação de materiais que lhe
retiraram a originalidade.
Em Cambambe as autoridades solicitam políticas concretas de protecção e conservação dos monumentos.
Em reiteradas ocasiões. o Governo disse que a defesa e manutenção do acervo monumental é tarefa de todos os membros da sociedade e enquadra-se também dentro de parcerias com ONG, organismos estatais, empresários e outros.
Em Cambambe as autoridades solicitam políticas concretas de protecção e conservação dos monumentos.
Em reiteradas ocasiões. o Governo disse que a defesa e manutenção do acervo monumental é tarefa de todos os membros da sociedade e enquadra-se também dentro de parcerias com ONG, organismos estatais, empresários e outros.
Sítios históricos
O director provincial da Cultura do Kwanza-Norte, David João Buba, afirmou
que para além de Cambambe, todos os municípios da província têm pelos menos um
monumento ou sítio histórico que deviam ser conservados e valorizados.
O Kwanza-Norte é uma região do país com um importante acervo de monumentos
e sítios históricos e só perde para Mbanza Congo.
David Buba identificou monumentos no Cazengo, como o Palácio D. Teles
Carreira e a casa de passagem do Presidente Agostinho Neto, ambos localizados
no Kilombo, cerca de sete quilómetros a Sudoeste de Ndalatando.
As ruínas do Tribunal no Zavula na região de Caculo Camuiza na Canhoca,
Colónia de São João, são igualmente monumentos e sítios importantes.
Ainda no Cazengo encontramos as furnas do Zanga, a primeira casa que em
1942 serviu de escola primária.
David João Buba citou ainda a Casa Verde, na comuna da Cerca, Golungo Alto,
e o grande fortim do Mussungo, antigo quartel colonial. No Golungo Alto, na
comuna de Cambondo, existe a casa onde o poeta e nacionalista António Jacinto
viveu na sua infância e juventude, para além das grandes casa construídas de
pedra na Kipemba, a três quilómetros da vila de Cambondo.
No Kilombo dos Dembos (Ngonguembo), encontramos a granja portuguesa e o centro do Tumba. Na comuna de Camame, município de Ngonguembo (Kwanza-Norte), encontram-se grandes edifícios que estão igualmente na classe de monumentos e datam dos os séculos XVII e XVIII mas estão em ruinas.
No Kilombo dos Dembos (Ngonguembo), encontramos a granja portuguesa e o centro do Tumba. Na comuna de Camame, município de Ngonguembo (Kwanza-Norte), encontram-se grandes edifícios que estão igualmente na classe de monumentos e datam dos os séculos XVII e XVIII mas estão em ruinas.
Na região da Pamba, no Lucala, existe também o fortim que foi um dos
presídios onde se instalou a administração de Ambaca, quando na altura o
município se tornou distrito.
Foi em Ambaca que Paulo Dias de Novais foi feito prisioneiro quando ia combater contra as forças de Ngola Kiluange. “Só isso é um grande valor da resistência colonial. Paulo Dias de Novais foi solto numa troca de prisioneiros, vindo a perder a vida tempos depois em Massangano onde foi sepultado”, sublinhou o responsável da Cultura, David João Buba.
O director da Cultura, refere em Samba Cajú, o histórico cemitério de Cahenda, que data dos séculos XVII e XVIII.
Foi em Ambaca que Paulo Dias de Novais foi feito prisioneiro quando ia combater contra as forças de Ngola Kiluange. “Só isso é um grande valor da resistência colonial. Paulo Dias de Novais foi solto numa troca de prisioneiros, vindo a perder a vida tempos depois em Massangano onde foi sepultado”, sublinhou o responsável da Cultura, David João Buba.
O director da Cultura, refere em Samba Cajú, o histórico cemitério de Cahenda, que data dos séculos XVII e XVIII.
“Devemos classificar também o rio Môngua, que tem água salgada.
Na comuna de Samba Lucala, ainda na municipalidade de Samba-Cajú, precisamente a na região de Dala Capanga, encontra-se o local onde em 1959 a população negra reivindicou as suas terras usurpadas pelas autoridades coloniais.
Na comuna de Samba Lucala, ainda na municipalidade de Samba-Cajú, precisamente a na região de Dala Capanga, encontra-se o local onde em 1959 a população negra reivindicou as suas terras usurpadas pelas autoridades coloniais.
Em Caculo Cabaça (Banga) há três pedras gémeas onde se encontra o sinal de
Ngola Kiluange e a primeira capela construída pela igreja católica.
De acordo com o director da Cultura, David João Buba, uma equipa de peritos
da UNESCO deslocou-se recentemente a Ndalatando para uma reavaliação e
levantamento dos monumentos e sítios históricas da província.
Uma missão de todos
Todos os angolanos devem participar activamente na defesa, preservação,
valorização e divulgação do património histórico-cultural, colaborando com o
Estado na manutenção da memória colectiva da nação.
Para comemorar o dia mundial dos sítios e monumentos, foi traçado um
programa que inclui palestras sobre a importância dos monumentos e sítios
históricos da província e momentos reflexão, valorização e visitais aos locais.
As palestras vão decorrer um pouco por toda a província e participam
estudantes do Instituto Superior Pedagógico do Kwanza-Norte, alunos do ensino
médio e funcionários públicos.
David Buba aplaude a ideia do Governo e reforça o pensamento segundo o qual “nenhum povo pode coexistir com outros povos e sobreviver sem memória de si próprio”. Reconhece que os sítios ajudam a compreender o ambiente natural.
David Buba aplaude a ideia do Governo e reforça o pensamento segundo o qual “nenhum povo pode coexistir com outros povos e sobreviver sem memória de si próprio”. Reconhece que os sítios ajudam a compreender o ambiente natural.
Do Jornal de Angola, Abril de 2010.
Sublinhado nosso.
Convívio em Cascais (Setembro 2014)
Na sequência do casamento da Nela Cerqueira, na zona de Lisboa, muitos caculenses combinaram outro convívio, mais intimista, à volta de uma "funjada" com todos. Foi disponibilizado um restaurante em Cascais propiedade da família Russo, pela Fatinha. Com ingredientes trazidos propositadamente da "terra" foi um convívio de mata-saudades, descontraído e como sempre onde os planos para o futuro não faltaram!
Nela Cerqueira |
... |
os júniores, continuadores, não faltaram.. |
Rita Cerqueira e Fatinha Russo |
Celita Rafael e filha |
a concentração da Lola... |
O charme do filho da Nela e Zeca... |
Dª Argentina, sempre jovem... |
oh! p'ra nós... |
grupo mais alargado... |
... |
Olh' à moamba, de déndém! |
Hum! aqueles doces devem ser bons... |
Pois é... já foi tudo! |
E esse "cartuxa" onde está? |
Hum! não sei se hei-de comer mais ou não ... |
E estas, viram? |
que bem se está entre amigos! |
O Sr. Cardoso, decano entre amigos... |
Hora de afrouxar o cinto... |
Oh! p'ra mim... |
depois da moamba...venha a kitaba! |
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
CASAMENTO da NELA CERQUEIRA
(Pero Pinheiro- Portugal)
A festa foi até às tantas... |
os noivos Nela e Zeca... |
Lola, noivos e D. Linda... |
Jorge, Dina e Beta... |
padrinhos e noivos saudando... |
Dina, Ana Maria ? Celita e Mizé... tchim,tchim |
Camila, Júlia, Ângelo, Nela (noiva) Jorge e Beta... |
Lola Cerqueira no meio das gémeas Rafael (Celita e Ana Maria)... |
Jorge, Dina, Beta e Celita Rafael... |
casal Isidro Chindondo+Lola cerqueira c/ sua filha. |
terça-feira, 16 de setembro de 2014
As últimas de 2014
Passados 2 anos desde o último encontro formal dos amigos de Caculo Cabaça, por circunstâncias várias não foram realizados outros, talvez por receio de não ser atingida a bitola do último encontro realizado em Viseu. Mas esta falha não faz com que os seus membros não cimentem a amizade e o convívio através de diversos meios, não vivessemos nós num mundo cada vez mais global eas tecnologias de comunicação cada vez mais vulgares. O casamento da Nela Cerqueira foi mais um daqueles momentos em que para além da celebração, alguns caculenses presentes conviveram e puseram as conversa em dia. O enlace aconteceu na região de Lisboa no passado mês de Agosto. Outros encontros tendo como motivação a gastronomia ou não, se tem realizado.
Outro acontecimento, este funesto e lamentável, mas que marcou a nossa comunidade foi o falecimento do nosso companheiro António Cardoso no passado mês de Junho, no IPO em Lisboa. Foi ele, um dos grandes mentores da continuidade das relações entre os caculenses na diáspora e que manteve a ligação desde sempre, entre vários caculenses principalmente servindo como elo de ligação entre Portugal e Angola. Foi com ele, sob o seu patrocínio e organização que se realizou a primeira viagem exploratória a Caculo Cabaça depois de efetivada a paz no país e são dele a maioria das fotografias e vídeos de Caculo Cabaça contemporâneo, incluidas neste nosso espaço.
Outro natural de Caculo foi de visita à terra natal, muito recentemente. O Carlos da Costa Soares com o grande incentivo do Cardoso ( já enfermo) e a preciosa ajuda e acompanhamento de seu sobrinho José Cardoso. As emoções foram fortes e os testemunhos fotográficos aqui estão.
Outro acontecimento, este funesto e lamentável, mas que marcou a nossa comunidade foi o falecimento do nosso companheiro António Cardoso no passado mês de Junho, no IPO em Lisboa. Foi ele, um dos grandes mentores da continuidade das relações entre os caculenses na diáspora e que manteve a ligação desde sempre, entre vários caculenses principalmente servindo como elo de ligação entre Portugal e Angola. Foi com ele, sob o seu patrocínio e organização que se realizou a primeira viagem exploratória a Caculo Cabaça depois de efetivada a paz no país e são dele a maioria das fotografias e vídeos de Caculo Cabaça contemporâneo, incluidas neste nosso espaço.
Outro natural de Caculo foi de visita à terra natal, muito recentemente. O Carlos da Costa Soares com o grande incentivo do Cardoso ( já enfermo) e a preciosa ajuda e acompanhamento de seu sobrinho José Cardoso. As emoções foram fortes e os testemunhos fotográficos aqui estão.
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